Entrevista

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“Eu pretendo atuar pra sempre!”, Thiago Prado, ator conquistense.

Por Bianca Brito



Thiago Prado, 22 anos, é destaque no cenário teatral de Vitória da Conquista, Bahia. Recentemente, ele ganhou o prêmio de melhor ator do Festival de Teatro do Sudoeste da Bahia, pelas três personagens que interpreta na peça A Lógica do Eco, da Cia de Teatro Mary Marie. A seguir, confira a entrevista que o ator nos concedeu, no dia 16 de outubro, em que o artista conta um pouco sobre carreira, projetos e sonhos.

Quando você começou a fazer teatro e por quê?
Sempre fiz teatro. Quando eu ainda criança, brincava de fazer peça no quintal da minha casa, ou na rua, junto com meus amiguinhos... Eu já manifestava minha vocação. Mas só a partir do ano 2006, foi que eu comecei a fazer oficinas de teatro.

Você era uma criança que gostava de chamar atenção?

Não. Nunca gostei de chamar a atenção. O ator não é necessariamente uma pessoa que chama a atenção em qualquer ambiente. Durante um espetáculo, durante a realização de um trabalho, isso é essencial. Fora de cena, eu sou muito discreto.

Você encontrou alguma dificuldade ao escolher a carreira de ator? O que sua família achou?

Não é uma carreira convencional, mas a maior dificuldade que encontrei foi em mim. No momento que eu resolvi que era isso mesmo que eu queria fazer, eu percebi que as pessoas que interessavam me apoiavam nessa idéia. Minha família me apóia, apesar de acharem que seria seguro eu seguir minha carreira de engenheiro agrônomo.

Mas já decidiu? Vai ser ator ou Engenheiro Agrônomo?

Vou ser ator. O que não descarta a possibilidade de um dia eu usar do meu diploma de agrônomo.

Qual foi a personagem que você mais gostou de interpretar? E por quê?

Não teve nenhum q se destacou de maneira especial. Ainda não fiz esse personagem que foi inesquecível. Todos tiveram uma média de peso.

Conte um pouco sobre o prêmio que você ganhou recentemente, de melhor ator do Festival de Teatro do Sudoeste da Bahia. Foi por qual trabalho?

Ganhei pelos 3 personagens que interpreto no espetáculo infantil: A Lógica do Eco.

Você esperava pela premiação?

Não! Eu não fui pro festival com espírito de competição.

Eu fui mesmo pra apresentar. Queria fazer um trabalho legal, como eu desejo fazer em qualquer apresentação. E fiquei muito feliz com o prêmio!

Você está trabalhando em algum projeto atualmente? Qual?

Eu tô no espetáculo "Só se for a 2" e "A lógica do eco", ambos da Cia Mary Marie. E tô gravando um filme: O valor de um sonho.

Eu ia perguntar mesmo se você tinha vontade de fazer cinema. Você já havia feito antes?

Eu tinha tido uma rápida experiência. É q esse filme que eu estou gravando, há um ano foi gravado quase que totalmente. Mas por problemas na produção teve que parar e agora resolveram regravar todo o filme.

Eu também sofri uma troca de personagem... Minha experiência no cinema é curtíssima, mas eu adoro! Gosto mais do que teatro.

Mas você pretende continuar no teatro, não é?

Eu pretendo atuar pra sempre! Pretendo mesmo ser um ator que faz teatro, cinema e TV. Poucos conseguem fazer isso tudo e serem bem vistos por todos, mas espero mesmo conseguir.

Nota

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Juiz interdita carceragem em Vitória da Conquista

Por Bianca Brito

O juiz Reno Soares decidiu interditar, nesta sexta-feira (15), a carceragem do Disep – Distrito Integrado de Segurança Pública de Vitória da Conquista. O presídio que tem capacidade para 16 detentos, no momento abriga um total de 75. Além disso, foram apontadas irregularidades sanitárias e problemas de segurança no local. De acordo com a decisão, todos os detentos serão transferidos, sendo oito para outras cidades da Bahia, e sessenta e seis para o presídio Nilton Gonçalves, bem como aqueles que forem presos em flagrante.

Exemplo de Entrevista

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ONDA LITERÁRIA

Sidão Tenucci desbrava o mundo literário com uma mistura de autobiografia e ficção
04.08.2010 | Texto por Diogo Rodriguez

Sidão Tenucci

Sidão Tenucci

Sidão Tenucci é uma lenda no meio do surf brasileiro por ser surfista, fundador da marca de surfwear Op e do circuito profissional no País. Desbravador de picos, agora ele enfrenta uma outra onda, fora da sua área habitual. Nesse fim de semana, é convidado da OFF Flip, evento paralelo à Festa Literária Internacional de Paraty.

Isso tudo porque neste ano lançou o livro O Surfista Peregrino, ficção misturada com realidade que tem como fio condutor o surf. Esta é sua primeira aventura do tipo. Começou como autobiografia e acabou se tornando um romance com tsunamis e viagens pelo mundo.

Jornalista de formação e fã de Dostoievski, Herman Hesse e Gabriel Garcia Marquez, Sidão conversou com a Trip por telefone a caminho de Paraty e contou como surgiu a ideia do personagem Surfista Peregrino.

Como surgiu o livro?
Escrevi alguns capítulos do livro no site da Waves. O editor tinha me pedido para escrever uma autobiografia, mas por algum motivo baixou o santo do personagen Surfista Peregrino. É baseado em coisas que aconteceram comigo, outras não. Tive mais liberdade de escrever coisas que vivenciei e extrapolar para a ficção também. Durou três anos no Waves. O pessoal que lia dizia que era muito mais literário do que escrita de internet. E realmente nasceu assim, mais literário, mais descritivo e longo. Falei, "pô, o livro está praticamente pronto". Fiz alguns capítulos a mais para completar e resolvi fazer livro físico mesmo.

Você já tinha escrito ficção?
Não. Sempre escrevi, desde moleque. Meu primeiro livro se chama Alma Aquática, de poesia, com o Klaus Mitteldorf e com David Carson. Demoramos doze anos para fazer, é um livro elaborado, com fotos caríssimas. A idéia desse segundo é apreender toda as sensações que eu tive pelos 50 países que visitei surfando, para que eu mesmo pudesse lembrar como foi. Foi legal pra caramba. Liguei para o Gabriel, o Pensador, ele gostou, escreveu a orelha do livro. O [Marcello] Serpa escreveu um pouco também, o Dandão [Fernando Costa Netto, que já foi repórter da Trip], meu antigos amigos.

Reprodução

Capa do livro de Sidão

Capa do livro de Sidão

Qual história que está no livro e você não fez?
Por exemplo, surfar o tsunami. Essa foi a mais louca do livro porque a escrevi um mês antes do Tsunami na Ásia. Está publicado e datado no Waves, dia 30 de novembro de 2004. O Peregrino estava no Sri Lank e foi para Índia, coincidentemente, na área onde rolou o tsunami. Ele senta na praia e vê o mar recuar. Essa palavra não era usada no nosso vernáculo, e eu usei porque a conhecia do Havaí, lá era um fenômeno recorrente. O Peregrino sentou e pensou cientificamente: "As placas tectônicas estão se chocando no fundo do oceano, abrindo uma fenda. O mar recuou. Quando ele voltar, pode ter um desastre de proporções grandes. Mandei pro Waves e os caras acharam que eu tinha fumado "um". No dia 26 de dezembro, aconteceu o tsunami. O editor do site me ligou e disse: "Tá tendo premonições? Tá louco?".

O peregrino tem muito de você. Tem também de outros surfistas?
Ele é uma entidade idílica do que seria o surfista ideal. E não só surfista, um "achador" porque o "buscador" nunca acha. É um cara que vivencia a história do surf, da evolução espiritual da qual o surf é um instrumento. A mãe do Dandão se amarrou no livro, vê se pode. Setenta e cinco anos, ela estava no hospital, ele deu para ela de presente, ela adorou. Um sobrinho de 14 anos de uma amiga também. Essa coisa de você relatar o teu quintal e poder extrapolar para um público mais abrangente tem tudo a ver.

Quais são os seus escritores favoritos?
Tem alguns. O Herman Hesse foi um muito presente na época [em que escreveu o livro]. Dostoievksi marcou de um jeito fundamental. Desde que eu li Os Irmãos Karamazov, fudeu. Gabriel Garcia Marquez, Cem Anos de Solidão, que é um clássico. Pirei no livro, depois de 30 anos. Eu recomendo, se não leu, leia, se leu, releia, porque é uma viagem. Lin Yutang, um chinês de quem eu gosto bastante, o Musashi [de Eiji Yoshikawa], que é muito legal. E tem a ver com o personagem do meu livro, porque é o samurai peregrino.

Você recomenda outro livro que misture literatura com esporte?
Primeiro, dizer que o surf é esporte não soa muito bem para mim. Não sei se existe outro esporte que extrapole para o lifestyle. Você joga vôlei, sai da quadra, acabou. Joga futebol, acabou. O surf é muito próprio. Você vive 24 horas por dia isso na sua vida. Ele permeia tudo. Um livro recente e bacana é o Breath [do australiano Tim Winton]. É ficçao, uma história de surf na Austrália. Ele só foi para o universo do surf mais tarde na vida. Para mim, foi exatamente o contrário.

Sessão de autógrafos de O surfista peregrino, de Sidão Tenucci.
Quando: sexta (6/08), das 16h às 18h
Onde: Restaurante O Café (Largo da Matriz s/n, ao lado da Igreja da Matriz, Centro Histórico, Paraty - RJ)
Quanto: gratuito

Entrevista

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Luiz Beltrão ("A Imprensa Informativa". São Paulo: Folco Masucci) define a entrevista como "a técnica de obter matérias de interesse jornalístico por meio de perguntas e respostas".

A entrevista é um dos instrumentos de pesquisa do repórter. Com os dados nela obtidos ele pode montar uma reportagem de texto corrido em que as declarações são citadas entre aspas ou pode montar um texto tipo perguntas e respostas, também chamado "pingue-pongue".

Segundo Luiz Amaral ("Técnicas de Jornal e Periódico". Rio: Tempo Brasileiro, 1987) podem-se distinguir dois tipos de entrevista: a de informação ou opinião (quando entrevistamos uma autoridade, um líder ou um especialista) e a de perfil (quando entrevistamos uma personalidade para mostrar como ela vive e não apenas para revelar opiniões ou para dar informações. Em ambos os casos há interesse do leitor e o jornalista será sempre um intermediário representando o seu leitor ( ou receptor ) diante do entrevistado. Na primeira situação, quando se trata de divulgar informações e opiniões, mesmo para produzir uma simples nota, é conveniente e necessário o jornalista repercutir o material com outras fontes envolvidas com o fato, checando a informação.

Segundo Alexandre Garcia, citado no livro de Tramontina, quem mais perde com o fracasso de uma entrevista é o entrevistador porque no dia seguinte ele vai fazer a mesma coisa, enquanto o entrevistado sai de cena.

"Entrevistar não é somente fazer uma pergunta, esperar uma resposta e juntar à resposta outra pergunta. É um exercício profissional trabalhoso e ingrato. Quase sempre quanto maior é o interesse do jornal em conseguir a entrevista, menor o do entrevistado em concedê-la, e vice-versa. Na medida que cresce o interesse do jornal, crescem também os problemas do entrevistador", garante Luiz Amaral ("Jornalismo - Matéria de Primeira Página". Rio: Tempo Brasileiro, 1997), citando, em seguida, Joseph Folliet ( "Tu seras journaliste". Lyon: Chronique Sociale de France, 1961): Esse gênero exige muita intuição, delicadeza, perfeito conhecimento do assunto, do entrevistado, de sua vida e de sua obra, uma grande probidade - um exterior, enfim, que inspire confiança e incite à confidência.

(Artigo: Técnicas de Entrevista - Prof. MS Pedro Celso Campos)

Exemplo de reportagem

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HOMEM ADRENALINA


Desde pequeno, o apresentador Bear Grylls gosta de perigo, longe ou perto das câmeras

24.09.2010 | Texto por Diogo Rodriguez Fotos Divulgação/Discovery Channel

Bear Grylls durante a filmagem de À prova de tudo
Bear Grylls durante a filmagem de À Prova de Tudo

Edward Grylls não é um viciado qualquer em adrenalina. Desde pequeno, ele gosta de estar em situações de risco. E dizer “pequeno” não é exagero. Sua primeira aventura perigosa foi aos sete anos. “Eu estava sempre machucado. Lembro de ter sido resgatado pela Guarda Costeira quando tinha sete anos porque fiquei preso na areia movediça tentando cruzar uma enseada durante a maré baixa. Minha mãe me obrigou a cuidar do jardim da Guarda Costeira local durante duas semanas”, contou ao site da Trip pelo telefone. Aos 23 anos, conquistou o Monte Everest e se tornou o mais jovem escalador britânico a realizar o feito.

"Lembro de ter sido resgatado pela Guarda Costeira quando tinha sete anos porque fiquei preso na areia movediça"

Mais conhecido como pelo apelido, Bear Grylls ficou famoso colocando suas habilidades de sobrevivência em teste no programa À Prova de Tudo, exibido no Brasil pelo Discovery Channel. Sempre em algum lugar inóspito e distante, já bebeu água tirada das fezes de um elefante na África, ficou preso dentro uma antiga mina sem luz, desceu corredeiras perigosas numa canoa feita de galhos de árvore e o tecido que sobreou de um para-quedas. Nada muito distante dos seus passatempos, porém. Durante uma entrevista, o ex-militar britânico (fez partes das Forças Especiais) contou que havia acabado de voltar de férias nada relaxantes para um ser humano comum: “Acabei de voltar do Ártico, liderei uma expedição num pequeno barco. Foi uma enorme aventura, uma experiência libertadora poder estar com meus bons amigos numa aventura, uma genuína exploração em águas desconhecidas”.

Divulgação/Discovery Channel

Grylls simula uma situação de emergência em No pior dos casos
Grylls simula uma situação de emergência
em No Pior dos Casos

Bear está terminando de filmar a sexta temporada do programa e recentemente ganhou mais um, No Pior dos Casos, onde ensina como sobreviver a situações perigosas na cidade. Um pouco mais leve do que sua primeira experiência na TV, o aventureiro de 36 anos explica aos espectadores o que fazer caso seu carro perca o freio e caia na água. Ou como agir no caso de um terremoto. Coisas que, segundo ele, não necessitam de treinamento: “Às vezes eu ponho uma emoção extra, mas 90% são coisas que qualquer um pode fazer. Muito do que envolve essas situações envolve pensar claramente e não ter pressa e não entrar em pânico, que te faz agir incoerentemente”.

Pai de três filhos (Jesse, 8, Huckeberry, 7, e Marmaduke, 4) e casado com Shara Cannings Knight há dez anos, Bear tenta poupar a família do estresse de vê-lo comendo vermes ou atravessando uma geleira por dentro: “É difícil porque estou sempre fora e há risco envolvido. Mas conheci minha esposa quando eu estava no exército, então ela sabe do perigo. Nós não falamos muito sobre o que aconteceu quando eu volto. Algumas vezes ela vê na TV, mas já sabe que estou seguro. Meus filhos, por outro lado, querem saber de todas as histórias, mas tenho que ser um pouco seletivo”.

E parece que seu gosto por aventura já tomou conta dos três garotos: “Eu não os deixava assistir [aos programas] porque não queria que pensassem que o pai deles tinha um emprego esquisito. Mas os amigos da escola falavam sobre isso e eu decidi deixá-los assistir, e eles adoram. Tentam comer formigas, sobem em árvores e pegam vermes. Metade de mim adora e metade pensa: “Ah, não! Quero que eles tenham um emprego normal”.

Ainda é cedo para saber se a família Grylls terá uma nova geração de exploradores aventureiros. Enquanto isso, Bear continua sua vida de situações extremas e perigosas, perto e longe das câmeras: “Eu sinto que faço o programa desde que sou pequeno, só que ele não era filmado antes. Era uma das poucas coisas nas quais eu era bom enquanto crescia, foi onde achei minha identidade”. Bear Grylls não só gosta de adrenalina, ele é a própria definição de adrenalina.

"Eu sinto que faço o programa desde que sou pequeno, só que ele não era filmado antes"

Veja Bear Grylls:
No Pior dos Casos: terças, às 21h
À Prova de Tudo: reprises da terceira temporada às quartas-feiras, às 18h, a partir de 29/9. Estreia da quinta temporada (inédita) em 2 de novembro, às 21h
Ambos no Discovery Channel

A REPORTAGEM

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A reportagem é um dos gêneros mais nobres em jornalismo. Além disso, a reportagem é o gênero que permite uma maior criatividade, estando ligada à subjetividade de quem a escreve. No fundo, trata-se de “contar uma história”, segundo um ângulo escolhido pelo jornalista que a investigou. Feita a investigação, o jornalista parte dos fatos e constrói uma história integrando citações dos personagens que nela participam e/ou citações de documentos importantes para a validação e comprovação dos fatos apresentados.

Jean-Luc Martin-Lagardette, num livro intitulado “Manual de escrita jornalística: escrevo – informo – convenço”, classifica a reportagem do seguinte modo: “É um gênero muito apreciado por ser um testemunho direto encenado com arte. Anima-o, dá-lhe cores, relevo, humanidade. Exige tempo e disponibilidade, pois é necessário ir ao terreno. Utiliza-se o mais freqüentemente possível, nem que seja para dar vida a um acontecimento que, sem isso, permanece baço e impessoal”.

Tal como a entrevista, uma reportagem também deve ser preparada. Até porque, uma boa e grande reportagem envolve investigação, seleção das melhores fontes, leitura de documentos, conversa com os diferentes protagonistas ou personagens envolvidos na história e exige que se capte o ambiente onde decorrem ou decorreram os acontecimentos.


(Fonte Ciência Viva)